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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

“A vida num sonho”

(Imagem retirada da Net)
 

nasci num rebento de nenúfares
já pesava… mergulhei nas águas fétidas
do lago esconjurado
 
cresci dentro de caules apodrecidos
cismei que era salamandra
não passava de girino
 
passaram crocodilos e outros
peixes azuis aperaltados
e eu… afundava-me mais
 
o caule crescia sem eu saber
as escamas escureciam
e era isso o desenvolvimento
 
redopiava em mim, como
cão procurando o rabo
e dentava-me até sangue
 
os bigodes faziam-me comichão
as peitorais roçavam algas
putrefeitas, no rés chão
 
julgava-me grande
nadador intemporal, porco
peixe bom, futuro filete
 
olhos grandes, boca porcina
remela amarela, fixador
risco ao lado, brilhantina
 
e no lago fétido, nada
e tudo emaranhado, cuspi
pedras glaucas, clorofila
 
e o tempo, inexorável
passou em corrida lenta,
olheiras fixas no sono aberto
 
e eu… que me julgava esperto
acometi uma sável desocupada
em resposta, uma dentada
 
as escamas caíram, lisa
pele de sardónicos motivos
amarelos pretos esverdeados
 
de salamandra que pensava ser, cai de fuças
no matagal… era penas o rei nu
do grande reino animal
 
leão de juba amásia, finos debruns doirados
sem as escamas do sonho imberbe
rei de ásia, africa e de outros lados…
 
e o sono definhou, estou entre outros... bisonho
na savana onde a hiena uivou
revi “a vida num sonho”…

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Dor

(De David Mckean)
 
 
Tenho uma dor, no fundo
De mim.
Ou será uma flor?
De tez cálida… que clama,
E vaga sozinha…
Que recome muda, o tempo?
Não…
É só uma dor…
Que me chama em surdina.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

E eu…

(Retirada da Net)
 
 
Ao contrário do que pensas
Caio nestas calçadas, penitentes
Lambendo as areias lentas
Levadas pelas correntes
 
A água translúcida
Num repente, turva se tornou
E numa fúria incontida
Em pez, negro, se transformou
 
E, nem o sorriso largado
Num lamento tornado, me pareceu
Da resposta, o retorno negado
Um velório se tornou
E num fim rasgado, se converteu
 
E eu…
Que nada sou…
Só queria ser teu…

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Porque me adoras?

(De Kukowski)
 
Porque me adoras
Se nada te dou
Porque me adoras
Se nada sou
 
Porque me adoras
Se só eu te posso adorar
Porque te diminuis
Se só eu sou pequeno
Porque te expões
Se só eu me devia esconder
 
Aconteça o que acontecer
Não te sintas lágrima
Porque eu te sou corrente.
E de repente
Sei que te sou paixão
Mesmo que somente
Seja só serpente
Serpenteando no chão.
 
Porque me adoras
Se nada te dou
Porque me adoras
Se nada sou
 
Porque não te adoras
Tu, que és tudo!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Para mim

(Foto retirada da Net)
 
No resguardo do meu canto
Pronuncio o teu nome em segredo
E sonho-te minha para sempre
 
Imagino-me a entrar em ti
Lentamente
E num lamento surdo
Beber-te avidamente
 
Mas não há busca
Nem pranto
Nem metáforas em degredo
 
Há este sentimento simples
Da busca oculta que persegui
 
Sem culpas
Nem tormentos
Sonho no dia em que acordado
De te ter
Nua
Para mim

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Quero... e não quero!

(De Mehmet Ozgur)
 
Terei deixado cair a máscara?
Ou terá somente, sido mal escolhida?
Terei reprovado no reencontro?
... Não sei
sei apenas desta dor,
deste vazio, mil vezes repudiado,
sei desta vida... fado,
que me leva para todo o lado... desespero
sei deste meu desencontro,
desta dor que quero... e não quero!
 
Será que o retrato guardado,
no baú do esquecimento... te enganou?
Os olhos enrugados pelo tempo,
os dentes amarelos do tabaco,
os cabelos brancos... tudo te machucou
... Não sei
sei apenas desta dor,
deste vazio, mil vezes repudiado,
sei desta vida...fado,
que me leva para todo o lado... desespero
sei deste meu desencontro,
desta dor que quero... e não quero!
 
Terei sido a desilusão!
Terei acabado em ti... no pensamento
serei eternamente o lamento,
de teres ressurgido em mim
E no fim... desta ilusão,
partirás, para lá... infinitamente,
fugindo do romance... sensação
e levarás novamente, mesmo partindo
o enrugado, amarelo, branco... coração.
Não sei...
sei apenas desta dor que quero... e não quero!


terça-feira, 10 de julho de 2012

Há um tempo de ser.

(Retirada da Net)

Há um tempo de ser
Há um tempo de estar
Há um tempo de fugir
                   ou ficar ...

Há um tempo de ter
Há um jeito de amar
Há um tempo de rir
             ou chorar ...

Há um tempo de sofrer
Há um tempo de chamar
Há um tempo de ferir
                ou sarar ...

Há um feito por dizer
Há um tipo a orar
Há uma velha a carpir
Há um enterro a passar

Há um jeito de fazer
Há um modo de olhar
Há um meio de partir
                 ou parar ...

Há um tempo de ser

Há um tempo de estar
Há um tempo de fugir
                   ou ficar ...


P.S. - Escrita em 16 de Janeiro de 1981

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Obrigado …

Obrigado…
Por me fazeres sentir o que sinto.
Obrigado…
Por fazeres do meu Universo,
mais que um labirinto…
Obrigado…
Por me abrires os limites do Espaço,
por me libertares do “ absinto “
por aquele longínquo…
 mas terno abraço .

Obrigado…
Por existires no meu peito,
Por me fazeres saber que tenho coração.
Obrigado…
Por permitires este Sentir,
Mesmo esta dor…
… este  “ meio estar “.
Obrigado…
Por brilhares o meu Sol

 ofuscando as minhas nuvens
afugentando o meu pesar .

Obrigado…
Por derramares as tuas lágrimas.
Por te doer o peito
 por extravasares a tua dor …
Obrigado…
Por seres como és… Amor!

(Retirada da Net)




quinta-feira, 28 de junho de 2012

Hoje, cresci...

(Retirada da Net)


Hoje não lavei as mãos ao almoço.
Quis manter o teu cheiro,
ténue, quase inaudito;
de fragrância suave,
camomila, baunilha, teu!
Não lavei a boca…
não quis deitar fora o teu sabor,
a cor da tua pele,
o toque do teu corpo…

Ah seios belos!
Frementes castelos
De amarras bicais
Que em meus lábios
Tremiam
E em tua boca
Me lançavam ais.

Cheiro os dedos da minha mão esquerda!
O perfume teu adentra-se em mim…
delírio de ti…
Afundo-me em teu regaço.
Afundo-me em teus segredos.
Revelo-me perdido…

Ah mundo perdido!
Pressinto-o rosa frugal
Cantos recônditos
Perco-me
Em labirintos de ventura
Beijo-to solenemente
Não leves a mal!

A alva brancura do teu corpo deleita-me…
Pele de menina imberbe,
suave, deleitosa…
formosa.
Sinto-o ainda nos meus lóbulos dormentes.
Quero-me manter assim,
neste estado hipnótico…
de te sentir!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Quero-te!

(Retirada da Net)

Só sei
que quero escrever...
E as palavras
não escorrem como deviam.
Sei que tenho muito por dizer
Mas não há fluidez.
Sei que estou
com o coração num alvoroço.
Sei que quero dizer
a todo o Mundo que não estou bem.
Sei que estou
amargurado, dorido, doente.
Sinto-me enjeitado,
Por ninguém
menos por ti...
Mas sou impotente
para expressar todas as emoções.
Estou carente.
Carente da tua boca,
Dos teus olhos,
das tuas mãos...
Dos teus abraços
do teu corpo... de ti.
E do som dos teus passos.

Sei que quero escrever...
e não consigo.
Quero-te dizer coisas belas...
estar contigo.
Quero-te amar (novamente)
quero-te ter
quero-te sentir em mim
quero ver o teu olhar persistente .

Quero-te só...
eternamente!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Lábios

(Retirada da Net)

Beijo-te os lábios... uns quaisquer.
A posição estratégica... não me incomoda.
O sexo, não constitui problema.
Fazer amor no chão, ou numa poltrona...
será um mero pró-forma.

Beijo-te na boca, o céu... ou o véu.
Não é importante.
O sexo, quero... o teu
Longa... longamente...
em pé, deitados... de qualquer forma.

Beijo-te os lábios... uns quaisquer.
Basta-me que sejam teus
lábios fermentes... belos, rosados
de Mulher.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Encontros

(Foto de Mehmet Ozgur)


Corpos em movimento
Em encontros
De doces momentos.
Peito a peito, tão perto
Lágrima de suor, perfeito
Escorrem corpos
Em movimentos incertos
Salivas trocadas, colhem.

Encontros
Emoções conquistadas advêm.
Corpos molhados, caem
Em imagens dóceis, entram
E saem
Entre si, enrolados
Enleados
Como teias de aranha.
Arte!