( Foto de Mafalda Ferreira da Costa )
Fizemos uma promessa de amor
Em tempos lavados pelo vento
E agora dessa promessa resta a dor
E os suspiros tornados num lamento
Sei que sou a causa e o efeito
Dessa promessa - agora – quebrada
Sou a espada,
Rígida no teu peito
Ignóbil
Dissimulada
Em ti cravada
Promessa… promessas… palavras
Lamento…
Oh quanto lamento, querida
As dores que sofres…
E que lavras
Neste momento de queixa sofrida
Deixo-me…
Deixa-me só, aqui
Neste ermo lugar de lembrança
Sofres de amor
(E nem sei se por mim)
Esconde a esperança!
Fizemos uma promessa de amor
Eterno, como o universo que somos
Mas amor…
Seja o que for
Somos para sempre o amor que fomos
Não sei…
Das palavras proferidas de paixão
Dos lances de olhares perdidos de razão
Mas aqueles ditongos impregnados de cor
Perpetuam-se em mim, agora – no coração
Ah, as promessas…
Ah, as recusas do amor…
Um mundo às avessas
Num rodopio de dor…
Escuto-as…
Escrevo-as…
Sustento-as…
Entendo-as…
Sinto-as…
Lamento-as…
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