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terça-feira, 30 de junho de 2009

Negação


Se as minhas mãos talhassem o desafio
Do fado agnóstico que cantaste
A madeira funesta do desvario
Seria o alpendre agreste que criaste.

Planalto verdejante caminho
Com freios arreganhados entre dentes
Ideias em constante desalinho
Lúcidas, tenazes, dementes.

Já não sou mais eu que aqui estou
Sou outro ser
Não conheces
Vou por aqui só porque vou
Só porque tem de ser
Não sou o ser que mereces.

Se as minhas mãos talhassem o desafio
Outro mar era navegado
Do fado agnóstico que cantaste
Outro mar seria marejado
A madeira funesta do desvario
Em ondas vermelhas seria
Seria alpendre agreste que criaste
Em cemitério de abrutes jazeria.

Planalto verdejante caminho
Como ideias negras do pensamento
Com freios arreganhados entre dentes
Sementeira de asneira, ténue lamento
Ideias em constante desalinho
Sóis febris de mágoas repartidas
Lúcidas, tenazes, dementes
Palavras tuas, velhas, vencidas.

Já não sou mais eu que aqui estou
Sou espectro da felicidade havida
Sou outro ser
Auréola cinza vencida
(Que)
Não conheces
Não a queiras conhecer!
Vou por aqui só porque vou
Não quero ir para onde me mandas
Só porque tem de ser
Outras demandas… outras demandas
Não sou o ser que mereces
Não quero ser o que queres!
Não quero ser como me queres!
Não vou ser… não quero!