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terça-feira, 22 de março de 2011

Vontades



(Imagem retirada da Net)



Sofreguidão de mim
É o que pressinto…
Nos teus olhos de água.
E sempre que te vejo assim
A chama que dentro de mim flameja
Quais emoções em labirinto…
Provocam-me
Um pensamento…
Uma pugna desigual...
De não saber se o amor que te tenho
E aquele que te consinto
Nos fazem bem…
Ou mal…

Mas…
Arrepio caminho
E deito ao vento
Estas demandas sem sentido…

Sofreguidão de ti
É o que sinto…
E nem sei explicar porquê…
Sei do dia que parti
Com um sentimento finto
De quem acaba um livro e não o lê.

Esta sofreguidão de ti…
A redescoberta…
Deste carinho.
Deste sentir sem pensar…
Deste estar contigo, “só por estar”…
É a revelação
Que o tempo que estou contigo
Pára a Terra em rotação!

Sofreguidão de ti
É o que sinto…
E nem sei explicar porquê.
Só sei que quero
O Amor que em ti vi…
E quero
Desfolhar-te lentamente
Lendo-te
Como um livro lindo…
E com olhos de quem vê!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Ver-te!





Pego o volante
Pelas ruas estreitas, sem sentido
E sigo…
Nesse sentido, com destino certo
E corro…
Num curso longo
Numa procura intensa… de ti.

Pego o volante
E num espaço de tempo
Estou…
Perto de ti
Esquecendo tudo
As curvas curtas que percorri…
Os perigos que vivi…
E pouco me importo.
Importa-me o tempo
Pouco…
Que conduzi
Importa-me a pressa
De querer estar…
Junto a ti!

Curso
Percurso
Em curso ténue
Esquivas… travo… acelero…
Quero!
Percorrer no tempo mais curto
Para no espaço de tempo certo
Ter-te perto!

Ter-te…
Não importa o tempo
Se sinto…
O sentir certo, de te ter perto…
E por fim… ver-te trémula
Caminhando ao meu encontro
Olhares-me com olhos vacilantes
Aproximares-te…
E eu, com um sorriso oscilante...

Pego o volante
Para te ver.
Nem que seja um minuto…
Nem que seja um instante!

Medos

( Foto retirada da Net )




Sinto na ausência do verbo
Uma ressonância de medo
Um trejeito de exílio
Um remanso de assumir.

Sinto-te na procura do sublime
Passos dados em segredo
Em busca vã de amparo
De um perfeito amor, compartir.

Estás silenciosa, num labirinto
Amanhecendo ilusões
Sabendo que uma palavra
Ou somente um suspiro
Um olhar em desvio
Revela
O que a alma encerra
E o coração deseja.

Mas ainda que assim seja
Solta da boca o grito
De que me queres até ao infinito
E viver deste modo
É um viver aflito
Sem sentido
Sem ritmo
Sem tino
Sem…

Sinto-te na ausência do verbo, medos
Mas ouço-te
Todas as palavras que não dizes…