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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Eterno encanto...

(Foto de Katarzyna Widmanska)


  

Sombra!

Quando o crepúsculo chegar,
 e o teu coração for de novo arrebatado,
 já eu estarei longe,
 para além das colinas,
 dos montes...
  pelo vento já levado.
  

Sombra!
 Quando o pôr-do-Sol declinar,
 e de novo...
 de mãos dadas já estiveres,
 já eu estarei longe,
 levado pelas ondas salgadas,
 do mar salpicado...
 por perfumes de mulheres.


Sombra!
 Quando o arco-íris chegar,
 e os teus lábios humedecidos
 novamente...
com outro, colados,
 já estarei eu longe,
 fugindo do Mundo de todos nós...
 já estarei bem fundo,
 na terra fria,
 que o Húmos reserva
 e a Verdade determina.

 Então...
 quando eu já de olhos fechados,
 não estiver junto a ti, Sombra...
 larga a carga amarga,
 que teus olhos contêm
 e o teu coração guarda...


E bendita sejas Sombra,
 se no solene momento da partida
 não recordares as minhas faltas,
 as disputas e mal-entendidos.


 Se assim for...
 juro-te Sombra,
 pelo Amor que te tenho,
 que te perdoarei todos os delitos...
 mesmo longe...
 mesmo para além das colinas e montes
 dos Oceanos e do Mundo...

1 comentários:

Unknown disse...

Adoro o poema Octávio, muito bom, muito tocante!

Beijo