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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Noites de insónia (Revisto e actualizado)


(Imagem retirada da Net)


Tenho os olhos pesados...
do sono que deveria ter dormido,
mas não consegui .
A cabeça tende a pender ao cansaço...
das horas perdidas – a pensar em ti .

E o fôlego?
Acho que já não existe...
tantas as horas gastas em pensamentos de jogo cruzado.

Dormir?
Já o direito não me assiste...
no estreito caminho de dormir descansado.

Já não quero dormir mais...
quero descobrir-me nos gestos
gastos pelo tempo de ilusão.
Não quero dormir mais assim...
em folhetins de imagens inacabadas…
– confusão!

E se ao jogar com imagens incontroláveis de ti,
busco o efeito desejado – o sono...
mais me revolvo nos lençóis da cama amorfa...
e não durmo...
porque... mais te cinjo...
mais me envolvo…
mais me compreendo no desejo que assumo!


quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Eterno encanto...

(Foto de Katarzyna Widmanska)


  

Sombra!

Quando o crepúsculo chegar,
 e o teu coração for de novo arrebatado,
 já eu estarei longe,
 para além das colinas,
 dos montes...
  pelo vento já levado.
  

Sombra!
 Quando o pôr-do-Sol declinar,
 e de novo...
 de mãos dadas já estiveres,
 já eu estarei longe,
 levado pelas ondas salgadas,
 do mar salpicado...
 por perfumes de mulheres.


Sombra!
 Quando o arco-íris chegar,
 e os teus lábios humedecidos
 novamente...
com outro, colados,
 já estarei eu longe,
 fugindo do Mundo de todos nós...
 já estarei bem fundo,
 na terra fria,
 que o Húmos reserva
 e a Verdade determina.

 Então...
 quando eu já de olhos fechados,
 não estiver junto a ti, Sombra...
 larga a carga amarga,
 que teus olhos contêm
 e o teu coração guarda...


E bendita sejas Sombra,
 se no solene momento da partida
 não recordares as minhas faltas,
 as disputas e mal-entendidos.


 Se assim for...
 juro-te Sombra,
 pelo Amor que te tenho,
 que te perdoarei todos os delitos...
 mesmo longe...
 mesmo para além das colinas e montes
 dos Oceanos e do Mundo...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

NATAL!


(Foto retirada da Net)


Natal dos presentes e alegria,
da paz e felicidade...
Natal das noites de nostalgia,
nas horas de mortandade.
Honras e discursos,
brotam de bocas conhecidas...
absolvem canhões e metralhas,
que dilaceram vidas.
Natal dos brinquedos de criança,
dos sorrisos de irmandade,
Natal esperança, sem esperança
da esperança da Humanidade.
Natal, Natal...
... tudo poderia estar bem...
    tudo continua mal...

P.S. - escrito em 28 de Novembro de 1983... e parece-me tão actual...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Revolta!


(Imagem retirada da Net)


Sinto revolta
Ou impotência
Ou tristeza
Da tristeza que senti em ti.

Hoje estou nu,
Desprovido de certezas,
Cruelmente impotente,
Por não te poder dar a mão,
O abraço,
O afago,
O aconchego,
O sossego,
No desassossego que senti em ti.

Sinto-me frio,
Imberbe,
Pequeno,
Inútil...

Continuo atónito,
Incógnito...
Inócuo...
Impotente...
Mas sente dentro de ti,
(SE TENTARES CONSEGUES...)
Este sentimento irreal,
(nem sei porque o digo, não faz mal)
De que de frieza,
Parece feito,
Mas com defeito...
Não é o que parece,
É apenas a imagem desta minha...
REVOLTA...


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Corpos Nus


(Foto retirada da Net)


Corpos nus.
Em perpétuos momentos de ser
Compassos de música, subtis…
Compus.
Não as notas que queria ter
Só as que me saíram, febris…
Na ânsia de te beber.