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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Os momentos de introspecção são paradigmas da alma.


(Foto retirada da Net)


Nota introdutória:

Depois de ler o livro " Muitas vidas, muitos mestres" de Brian Weiss, lembrei-me de um texto escrito há uns tempos, é assim...

Gosto de ler os teus pensamentos, Ângela.
Gosto de te ler e por isso te provoco. Com as minhas histórias às vezes incompletas, para de certa forma, as completares, como o meu livro...
Gosto dos percursos que fazes pelo teu universo, porque os sinto meus também.
Gosto de me sentir em ti quando te leio. Gosto das hipérboles que crias. As imagens poéticas da poetisa que há em ti.
E depois, sim, depois e importante, as recordações de infância a que te levo a relembrar.
Como me pareces rica!
És rica em recordações e histórias puras. Simples, mas recheadas de uma pureza que parece que dói.
E a mim, dói-me a inveja de a não ter vivido contigo, ai isso dói.
Mas as formas como mas contas, projectam-me para o teu Mundo, e fico inebriado quando te leio.

Sabes, quando estivemos juntos pela última vez, pareceste taciturna. Como povoada pelos pensamentos do que se passou com o Carlos.
Acabou mais um episódio, mas não acabou a noleva.
Tens que passar à outra fase, a do “eu e mais eu”… e esquecer que foi mais um amor falhado.
Sei que te doem esses falhanços, mas não esqueças que é apenas um pouco do caminho que tens que percorrer… E há tanto ainda para palmilhar!
Karma! O teu é ires amando e amando, até amares tudo e todos; amares o que está escrito no teu karma. Aceita-o! E verás que a vida não é tão má como se te parece agora…
Sabes, eu amo-te também! E nem a tua rejeição me faz pensar que poderei deixar de ser teu amigo e provocador de estimação.
A singularidade das tuas palavras quando me evitas os avanços, são como uma orquestra desfilando as notas melódicas de Chopin…
O meu karma é ser generosamente rejeitado por ti. E aceito-o com aquele sorriso triste, que relembras de tempos a tempos. Nada mais posso fazer Ângela, senão resignar-me a uma existência longe de ti e resumida a breves encontros e as estas trocas de cartas-pensamentos.
Nunca to disse, mas invejo o Carlos e os outros Carlos, que te percorreram. Invejo-lhes as horas, os minutos ou os segundos que estiveram contigo numa cama ou simplesmente numa mesa de café.
Invejo-os!

Agora, não me transporto para aquele lugar onde te refugias. Para o ultra-sónico do Universo. Também não o consigo, é verdade… Mas tu vais muito além… Eu não consigo, mesmo!
O meu karma nesta existência é o de não conseguir…
Tu entras em espiral intemporal e rodeias-te das forças cósmicas e foges do terreno…
Mas é uma fuga inconsequente, pois nesta tua vida, tens que voltar aqui… e viver o que tens que viver. Amar…desamar… voltar a amar…desamar… e voltar a amar…
É por isso que te achas num processo por concluir. E estás!
Mais vidas terás que viver, para te completares. Também eu! E desculpa a ironia, aguardo com alguma ansiedade a próxima, para ter a esperança de te ter para mim… Não, não me respondas a esta provocação, foi só um desabafo.
Estava eu a dizer que mais vidas terás que viver, para te completares, pois é verdade, como tu sabes. Mas porque evitas pensar nisso? Porque insistes em automutilar-te?

Prefiro ler-te a tua infância, mesmo aquelas tuas histórias tristes que tens. Gosto de cheirar as tuas palavras com imagens das serras e pinhais. Dos ribeiros e flores plantadas nas margens. As aves que gravitam naqueles céus puros. As gentes simples que contigo percorreram as árduas veredas dos montes.
Prefiro ler-te a inocência, pois aí estás no estado puro de inter-acção com o Universo. És a luz no estado puro! Não a “porca” que te sentes a cada desamor!
Adorei a tua história com a tua professora primária…

Porque não usas batom vermelho?

Havia de te ficar bem…

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